terça-feira, 28 de julho de 2020

Férias em tempos de Covid!

Neste ano tão atípico, o tema férias é ponderado de uma forma diferente. Num ano que tudo mudou, onde a nossa liberdade está completamente comprometida, o sair de casa torna-se num alto risco.
O Covid 19 transformou as nossas vidas, isso ninguém tem dúvidas, mas como veio para ficar, o aprender a lidar e a viver com ele é fundamental! Apesar destas mudanças todas, a nossa vida tem que continuar. De modo diferente, mas tem que continuar.

No entanto, o impacto económico que teve nas empresas e em toda a sociedade em geral, faz-me olhar para a situação com outros olhos. A incerteza do amanhã, a probabilidade de um novo confinamento, leva-me a estar muito de pé atrás. 

Sendo eu profissional no mundo da beleza, tenho a noção que pertenço a um grupo de "luxo" e não de bem essenciais. Este medo fez-me decidir ficar em casa. Não por medo do vírus, até porque o vírus não vai de férias e teríamos que ter todas as precauções, mas sim do medo que é apregoado de uma segunda vaga em outubro. Dois meses sem trabalhar fizeram lacunas bastante grandes que serão necessários muitos meses para colmatar esse défice.

Numa vida de stress e de correria que vivo, que o tempo livre é quase nenhum, que as minhas forças são absorvidas pelo trabalho e que vivo praticamente no meu gabinete, estar em minha casa é quase que estar de férias! Passar tempo em família são momentos raros e talvez seja por isso que dou tanto valor. 
O meu marido é emigrante e tal como eu, sente falta de estar em casa. Por norma o nosso momento a três é bastante racionado, e aproveitamos para sair da rotina e ir de férias para conhecer novos locais e descansar. Trabalhamos os dois, fazemos imensos sacrifícios para termos o máximo de qualidade de vida.

Este ano, o Covid convida-nos a olhar para dentro de nós, para dentro das nossas casas. Vejo tantas pessoas que não sabem estar em casa, talvez pela falta de conforto ou então mesmo porque nunca aprenderam a estar nela.
Num ano tão diferente e tão cheio de condições, encontramos a liberdade num simples local: em nossa casa! 

Vamos aproveitar esta diferença e reencontrar a paz merecida das férias. Que para o ano seja bem melhor e que possamos ter umas férias a dobrar🥰😊😄

terça-feira, 21 de julho de 2020

CORAGEM

Hoje disseram -me que a palavra que me define é CORAGEM. 
Eu agradeci o elogio e disse que simplesmente era igual a todas as pessoas. 
Disseram -me que tenho o brilho e a ousadia que poucos tenho. E esta luz que me leva ao sucesso.

Perante todas estas palavras corei e agradeci mais uma vez o carinho!

Efetivamente a coragem é  uma palavra que anda muitas vezes no meu dicionário. Umas vezes pela falta dela, outras vezes porque realmente eu sinto que ela vive dentro de mim.

Coragem foi uma das palavras ditas aquando do diagnóstico. Entre lágrimas eu ouvi: tem que ser forte e ter muita coragem.

Julgo que me assustei com aquela expressão. Avizinhavam-se tempos tempestuosos e eu, estava muito fraca para enfrentar toda a chuva torrencial que aí vinha.

De facto, tinha que ter muita coragem. Coragem para olhar ao espelho, coragem de enfrentar  o outro, coragem para aceitar a nova realidade, coragem para aceitar a nova vida, coragem para tomar conta de uma bebé que precisava tanto de mim, coragem para trabalhar, coragem para tudo...

Foi esta coragem que me deu esse brilho que me elogiaram hoje. Porque enfrentar o problema é a melhor solução. Já alguém me tinha dito: "A falta de coragem traz imensos problemas". E eu de problemas estava cheia. Estava rodeada de lágrimas e escuridão, mas levantei-me, olhei para cima e disse: coragem Elsa! Tens que viver!



quinta-feira, 16 de julho de 2020

GRATIDÃO

Agradecer é a melhor forma de começar um dia e a melhor forma de encarar a vida. 
Ser grata por tudo o que de bom a vida me deu e me dá.

Nunca fui muito de perguntar: porquê a mim? 
As coisas acontecem porque têm que acontecer e vêm nos mostrar/ensinar o caminho certo.

Saber agradecer é um dom. Ser grata é uma Vitória.

Talvez seja o maior problema das pessoas: revoltaram-se com as enfermidades e contrariedades da vida, em vez de olhar para as coisas, aceitando-as. 

Ainda ontem a minha filha me perguntou:
- "porque és doente??"

Não sei porquê.  Nem sei tão pouco se existe um porquê. 
Sei sim que tenho que aguentar e aceitar a realidade tal como ela é. E tirar o que de bom ela me trouxe.

Mas existe alguma coisa boa que uma doença traga???
Para mim sim. A força, a coragem, a resiliência, o foco, a autoconfiança e a determinação. Isto sim foi o lado bom que a doença me trouxe!