segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

O último dia do ano!

Último dia do ano!! 


Há no ar uma certa nostalgia. Fico um pouco assustada com a velocidade que o tempo anda... olho para a minha filha e é precisamente nela que eu tenho a consciência que o tempo passa depressa demais, e por vezes não o aproveito tanto como queria! 



Olho para trás e orgulho-me do meu trajeto. Orgulho-me de todos os obstáculos que ultrapassei e que ultrapasso.
Foi um ano difícil... marcado pela distância! Mas apesar de tudo, estou certa que foi e é uma boa opção e daqui a uns anos irei usufruir deste enorme sacrifício.



O ano 2018 também foi marcado pelo voo da Ana Rita. A ida para a escola foi um momento importante quer na vida dela quer na minha. Tivemos que aprender e a lidar com a situação.
Aparentemente é algo simples. Faz parte do crescimento dela.  Para mim de simples nao teve nada... foi muito complicado. Chorei muito. Custou muito. Mas felizmente tudo correu bem e eu vibro com todos os momentos e com todas as novidades que ela trás à minha vida! Mas será que alguém se queixa da rotina com um filho???



Olho também para trás e vejo que estou completamente adaptada à minha nova vida. Entre consultas e análises, exames e controlo de sangue, eu lá consegui dar uma pitada de humor e animação a tudo que foi acontecendo. Entre incertezas e dúvidas, consigo aguentar a dose. 



Quero acreditar que o pior já passou e que o MELHOR está para chegar!

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

O Natal!


Mais um Natal se passou!
Fica guardado nas minhas memórias a alegria e a harmonia em família.

Este Natal foi passado nos meus sogros. A família tem aumentado e já somos 18! O membro mais novo tem 2 mesinhos. 
Entre o bacalhau e o cabrito passando pelos doces, estes dias foram cheios de tradição, boas conversas, risos e brincadeiras! 

Natal, para mim, é muito mais que presentes. Ate porque a idade vai passando e vamos dando importância a outras coisas. NATAL também é relembrar. Relembrar os que já não estão comigo, os que estão comigo, os que estão sempre lá: a família e os amigos! Os amigos para mim também são família, aliás, por vezes, mais que família!

Desde que fui mãe, o Natal tem um sabor especial e diferente! Já diziam os antigos que o Natal é das crianças. A Ana Rita consoante vai crescendo vai animando cada vez mais a nossa vida, o nosso Natal!
E volta a trazer para a minha vida, a magia, a inocência, a alegria desta época!!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

A Sofia!


Amigos são anjos na nossa vida. Tenho a sorte de ter bons Amigos!!
Mas hoje, é dia de homenagear uma amiga especial: a SOFIA!

A Sofia surgiu na minha vida após a minha descoberta do Lúpus. Foi num contexto profissional que nos conhecemos! Gostei logo dela! Gostei da disponibilidade, da compreensão e uma das coisas que na altura mais apreciava, foi o facto de não se "assustar" com a minha aparência (estava super inchada) e nem sequer questionou o meu aspecto.

Desde então que tornamo-nos amigas... amigas mesmo. Daquelas amigas que não se largam, que não vivem uma sem a outra.

 Partilhamos as nossas histórias. Por motivos muito distintos, já passamos os nossos maus momentos e isso uniu-nos ainda mais...

A Sofia é uma guerreira! Sempre com um sorriso nos lábios e uma gargalhada que se ouve do outro lado do mundo. Só Deus sabe (e eu também) o que, por vezes, está por trás dessa boa disposição!

A Sofia é genuína. A Sofia é alegre. A Sofia é amiga. Está sempre lá! Sempre! (Quando digo sempre é mesmo sempre). É uma companheira de trabalho fantástica. É uma grande amiga!

A Sofia é vida. É alegria. É animação.
É luta, é esforço, é sacrifício.

 A Sofia é uma lufada de ar fresco.

A Sofia é a prova que a amizade é um sentimento maior, é a prova que os anjos existem!!

A sofia é a minha BFF😊

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Parabéns filha!


3 anos de ti... 


Chegaste sem avisar. Foste inesperada! 

Nasceste e contigo nasceu uma mãe. Tornei -me mãe... uma mãe cheia de dúvidas,  de medos mas cheia de amor para dar!

3 anos... 3 anos se passaram...

Ensinas-me cada dia que o amor é o mais importante,  que é a base de tudo.  Que é o maior alicerce! 
Que independentemente do que aconteça, o amor entre nós é maior que tudo. 

Amo-te filha!!! 
Parabéns pelos 3 aninhos. Que sejas muito feliz ❤

  

sábado, 1 de dezembro de 2018

DEZEMBRO

DEZEMBRO!
Chegou DEZEMBRO 

Dezembro é último mês do ano!

Dezembro traz consigo a magia do Natal!

Dezembro traz consigo a nostalgia do que se viveu e do que se fez, e do que ficou por fazer...

Dezembro traz consigo a ansiedade de um novo ano. De uma nova vida!

Dezembro traz lembranças da infância. Faz relembrar a inocência de uma criança, da crença no pai Natal!

Dezembro é magia, é alegria...

Gosto de Dezembro.
Fui mãe em Dezembro . Casei em Dezembro. 

Dezembro é amor .
Dezembro é família.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Os CTT❤


Apesar do dia chuvoso e triste , hoje foi dia de alegria.  Reencontrei amigos, companheiros de trabalho que já não via há anos. Sim uns anitos!
Estes últimos tempos, com tantos acontecimentos por vezes esquecia-me de visitar estes amigos que fizeram e fazem parte da minha história.

Trabalhei nos CTT em Lousada durante 3 anos e tal... fui muito feliz lá!! Eu adorava aquilo... tudo me fazia gostar: os colegas, o trabalho, os clientes... tudo... O dia da despedida foi doloroso!! Achei que tinha perdido uma parte de mim!!! (Eu sei, às vezes sou exagerada) Mas foi como perder algo que gostassemos muito.
Andei muito tempo à espera de uma nova oportunidade, de voltar a lá trabalhar. Mas a vida tomou outro rumo... 

Neste últimos tempos desliguei-me. Foram tantas e tantas coisas que aconteceram que fizeram com que me isolasse um pouco. 

Deixei os CTT há 8 anos!!! E hoje voltei lá. O local está um pouco diferente. Mas os "meus" ainda continuam lá! E receberam-me com um sorriso de orelha a orelha.

Não envelheceram, continuam iguais.😊

Em tom de brincadeira eu disse "eu é que deveria de trabalhar Aqui!".  Oh pah eu gostava tanto daquilo e tinha tantas saudades!! Fui tão feliz lá! 

"Elsa ainda gostas do dia 14 de Maio???" (Eu adorava o dia do meu aniversário e passava a vida a falar disso) perguntou a Esmeralda. Pois é, sim ainda gosto mas gostava bem mais quando tinha 20 anos. Já cá cantam 31!!!

Muita coisa mudou, mas parece que muita coisa continua. Senti-me que tinha deixado de trabalhar com eles ontem!!! Fui tão feliz naquele bocadinho❤
Eu com a Esmeralda e a D. Antónia no jantar de Natal dos CTT Lousada em 2012. Já não fazia parte da empresa.



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Voa Filha!

Ainda há pouco nasceste e já vais para a escolinha. Estás a crescer!

Vais-te tornar ainda mais independente, vais aprender novas coisas, conhecer novas pessoas, ter novos amiguinhos.

Vais conhecer um novo mundo!

Vais sair da zona de conforto. Vais arriscar. Vais-te aventurar.

Vais sair do colinho da mãe... vais voar...

E eu vou estar aqui... A ver... A assistir... ORGULHOSA. A dar-te a mão. A acompanhar-te.

Vou chorar, vou rir... vou-me apaixonar por cada história que me contares.

Vou contar as horas para te ir buscar e vou receber-te de braços abertos.

Vou chorar ao deixar-te na escola!

Vou vibrar com as tuas vitórias . Vou te apoiar e ajudar nas tuas derrotas.

Vou-me preocupar!

Vou-te fazer feliz!

Vou...
Vou... amar-te para sempre!

Voa Filha!

domingo, 19 de agosto de 2018

Estar internada num hospital!

Estar num hospital...

Estar doente... estar internada... 

Estar internada no hospital é estar distante, é estar longe de tudo e de todos. É estar triste, é deprimir... É ver o mundo a cair...

Estar internada é assistir a vida pelo lado de fora! 

Estar internada é estar presa... É aguardar uma visita de um familiar, de um amigo... É esperar... é ser paciente!!

Estar internada é olhar para o telemóvel de 5 em 5 minutos... É esperar por uma mensagem ou telefonema...
É ver nas redes sociais a vida a andar, a correr tão depressa e nós parados... parados no tempo!

É sentir... É chorar... É rezar... É desesperar...

Estar internada é aguardar a visita do médico como quem espera um presente no dia de Natal... É receber cada boa noticia como uma criança recebe um chocolate.

É dar valor a pequenas coisas... É dar valor a coisas que nunca antes valorizadas.
É valorizar cada segundo... É valorizar cada abraço, cada carinho...

É não dormir... É pensar...É chorar!

Estar internada é pensar no futuro! É ter medo... Muito medo!!!!

É questionar!!

É saber agradecer... 

É ter fé!!

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Viver com a doença por Vânia Sofia Lopes

Decidi com este blog mostrar a todos que viver com uma doença não é de todo uma infelicidade.  Não somos vítimas nem deprimidos nem infelizes! Somos pessoas que se aceitaram e que vivem para serem felizes.
Quando descobri que sofria de uma doença crónica comecei a ver a vida numa perspectiva diferente .
Conviver e conhecer pessoas que sofrem da mesma ou outra patologia faz-me sentir que não sou única no mundo . Gosto que me contem a sua história , geralmente são histórias de Vitória, de coragem e de superação.
As pessoas no geral gostam de seguir as histórias dos famosos pois são eles que aparecem na televisão.  E por vezes a história de um vizinho é tão mais verdadeira e emocionante! 
Decidi convidar várias pessoas para escreverem para o meu blog. Pessoas que convivem comigo, que conheço, pessoas comuns que me acompanham na minha vida.

A minha primeira convidada é a Vânia,  tem 30 anos, é minha prima e relata na primeira pessoa como é VIVER COM A DOENÇA. Cresceu com um problema de saude mas isso nunca a demoveu de atingir os seus objectivos. É FELIZ!

 Viver com a doença 
Alo 😊 bem chamo-me VS e sou investigadora em neurociências , formada em neuropsicologia ( isto é as neurociências + psicologia), e a pedido da minha prima escrevo este texto sobre “viver com a doença”.  Ora bem, este tema é um pouco peculiar, porque todos nós já passamos ou temos alguém próximo que tenha uma “doença”. E o que é ter e viver com uma doença, a doença é algo que nos é diagnosticado pelos Drs. Que por alguma razão o nosso corpo não produziu as defesas todas e puff as doenças surgem, podendo vir de várias formas e lugares. As piores delas todas são as que o nosso amigo cérebro decide “aprontar”. 
As doenças do sistema nervoso ou SNC para os amigos, são as tem sempre uma forma peculiar de tratamento, porque simplesmente esse querido amigo está em constante desenvolvimento e por isso não se sabe tudo. Mas já se sabe uma boa parte 😊 por isso respirem que existe sempre tratamento (caso não exista, cria-se). 
Bem ciência há parte, vamos ao que realmente importa, como viver com uma doença. 
Coisas simples que todos nós precisamos de saber
1. Se tem algum sintoma que ache estranho (consulte o médico, não se automedique, porque por norma isso piora).
2. Depois da “doença” ser diagnosticada, traz consigo uma decisão muito importante que é a aceitação. 

Resumindo: 
                                      Sintomas 
                                            

                          Diagnostico - Doença 
                                               
                                
                                        Aceitação 

                                                  
                            Sim                          Não 
Esta é a grande decisão, e apenas a pessoa que é diagnosticada é que decide. 
E isto pode demorar segundos, horas, dias, meses até anos, para que seja tomada essa decisão por parte da pessoa. 
A pessoa quando é diagnosticada se for uma doença comum, fica ok estou mal, mas isto passa (tomasse a pastilhinha e fico ok) ou ai e agora que faço a minha vida. 
Bem e uma doença rara ou uma doença que é a longo prazo que vai mudar a vida, o que realmente acontece (na maioria dos casos, existem exceções)
Primeira fase pós diagnósticos é o desespero, choque ou culpabilização (se eu soubesse, se e mais se que não levam a lado nenhum).
Segunda pesquisar no tio google, ora bem se o Dr./Dra. disse x deixa ver o que o tio google diz, e bem esse é um mar de infinitas respostas e nem sempre se encontra a mais correta. 
Terceira fase, aprender a aceitar a doença ou como quem diz “conviver com ela”.
O melhor remédio na vida para quase tudo é a aceitação dos acontecimentos (digo aceitação não acomodação).  Caso contrário vivera uma vida de “tristes fados” ou invés de ter qualidade de vida, mas cada um sabe de si. E a definição de qualidade de vida por vezes é diferente. 
Mas vamos ao que interessa, ao aceitar a doença estamos predispostos ao tratamento, começamos a ficar familiarizados com a palavra “dor” até senti-la, dor física, emocional e às vezes até ambas.  Começamos também por sermos médicos de nós mesmos, isto é, se o Sr.Dr. ou a Sra.Dra me disse que não posso fazer x então se eu quero chegar a y eu arranjo estratégias. 
E esse sim é o grande segredo para tudo. Viver com uma doença não é nem nunca será fácil, cabe a cada um te muita força de vontade e pensamento positivo, ou seja, eu até sei que posso morrer daqui a um mês, mas enquanto cá estou o que posso fazer para viver a minha vida. Porque é assim meus caros como já dizia o poeta estar vivo é o contrário de estar morto. Por isso se és saudável podes morrer da noite para o dia sem razão aparente e tu se és doente, podes viver anos com a tua patologia.  Certeza das coisas. isso não existe, a vida é um desenvolvimento constante, cada ser tem que arranjar as suas estratégias para combater os seus problemas. 
Eu estou para aqui a falar e se calhar pensam é esta ate fala bem, mas não sabe a dor que eu sinto. Enganam-se. Não sei ao certo o vosso grau de dor, porque cada ser é diferente.
Mas eu segui esta área exatamente por isso, porque EU também padeço de doenças um pouco ou quase nada comuns, aquelas que a resposta científica inicial é sempre pouco credível isto é o mas certo será eternamente a morte. Eu padeço de algumas doenças do meu amigo cérebro e claro do seu sistema nervoso. Como eu gosto de dizer em tom de brincadeira só tenho meio cérebro a funcionar, mas o gaijo é altamente 😊
Obvio que não é fácil, já chorei, já me vitimizei, culpabilizei me.. adiantou-me de alguma coisa?
NÃO, a verdade é esta, tive um tce  (traumatismo crânio encefálico) aos 9 meses, fiquei com sequelas fiz os tratamentos existente e agora olha é viver com isso, obvio que a minha auto estima durante muitos e longos anos foi quase nula. Mas a vantagem disto me ter acontecido em bebe é que aprendi a crescer com isto e queria ser tanto uma menina normal que fazia de tudo para conseguir sendo assim as minhas grandes vitorias foi: correr, nadar e conduzir. 
Algo para os saudáveis é dado de mão beijada eu tive que lutar por isso. Sou mais que eles não. Sou feliz? muito 😊
A verdade é esta as doenças não ficaram por aqui, na adolescência tive um herpes ocular e fiquei cega de um olho, mais anos em vez de andar na escola era em tratamentos, casa, umas idas a escola mais uns tratamentos. Como superei, bem, mais uma vez não desistir, pintei o pior dos casos se ficar cega de vez o que faço, tinha 15 anos.  E tive este pensamento automático ora bem tenho 15 anos eu quero ir para a fac. Por isso vou aprender braile, vou para uma escola de cegos, peço aos meus pais para colocarem a cadela na escola de cães guia e na pior das hipóteses é isto que acontece. E prontos anos de tratamentos e depois afinal só precisava de usar lentes. No meio disto tudo houve os kg que me apareceram do nada (sendo eu de estatura magra- elegante) fiquei inchada, não me reconhecia (ainda hoje digo que foram os piores anos a nível de autoestima) da minha vida. Mas valeram tanto a pena. 
Depois com os meus 24 mais uma vez na flor da idade, curso terminado cheia de sonhos, começo a sentir dores estranhas, amenorreias, e achavam que era cancro no útero. Se ate aquela idade não pensava em filhos ali é que comecei a pensar e se eu tiver, a minha pregunta para o médico foi-, mas afinal o que tenho? o que posso fazer? É tratável? e ele respondia, não sei minha querida ainda não consigo perceber a 100%, depois as dores passaram para as pernas, e depois para a coluna até que haviam dias em que andava bem e outros que deixava de andar. E afinal que raio era, desde saúde geral e especialistas ninguém sabia o que era, e depois foi olha só se for fibromialgia, toma esta medicação e tenta fazer o que tu gostas. E agora uma de piada querem se rir?? Eu fiquei assim simplesmente e puro simples facto que me custava vir novamente para a terra dos meus pais, sendo ela uma terra da qual não me identifico (causaram nervos e os nervos causavam as dores) e depois descoberta a causa a solução foi mais fácil, mas isto demorou ainda uns anos a lá chegar. Depois anos mais tarde agora desta vez com 28 a boa noticia ganhei sensibilidade no lado paralisado, aos 29 a má noticia, tens que deixar de usar lentes todos os dias porque estas a ganhar nódulos benignos nos olhos e tu não queres correr riscos, pois não? True story não não quero. 
Quem me vê na rua, não imagina que metade das coisas ditas “normais” que faço foram anos de treino, também não imagina as lagrimas e os nervos que já tive por causa da maldita ( como lhe trato quando me zango) doença, não imagina as vezes que fui posta de parte ou gozada, porque “coxeava” não imagina as vezes que gostava de me aventurar e não posso, os empregos ditos normais que para mim iam ser um desafio completo visto que só controlo metade do meu corpo. Mas no fundo quem me vê ma rua, vê uma menina mulher de sorriso aberto e sempre com vontade de ajudar, com um <3 grande sempre disposta a amar. Porque para ela os sonhos não existem. O que existem são objetivos e esses somos sempre capazes de lá chegar. 
Agora breves conselhos
Se é cuidador
Se é doente 

- Fale com outros cuidadores;
- Não tenha vergonha dessa pessoa; 
- Sinta-se em paz;
- Faça sempre o que a sua mente diz , mas aconselhe-se com os especialistas.
- Seja egoísta, pense também em si (porque de cuidador para doente , essa passagem pode acontecer num piscar de olhos). - Aceite-se como é, ninguém é prefeito;
- Esteja disposto a mudar;
- Não tenha medo; 
- Esteja sempre rodeado por quem mais ama;
- Sorria todos os dias
-  E claro informe-se sempre com os especialistas do assunto. 



Pf tenham fé, a esperança é a última a morrer. Esta vida são dois dias, se o hoje esta acabar amanhã será sempre um dia melhor. 
Focam-se no que conseguem fazer e façam isso, não pense no que já perdeu, porque o perder perdemos todos capacidades todos os dias e não damos conta, porque estamos entretidos a viver o dia, a fazer aquilo que mos chama de rotina. 
Criem uma rotina mais feliz 😊 acima de tudo acreditem sempre.
Pf. pensem em vocês e não na opinião alheia 😊 e. Lembrem-se com força de vontade tudo se consegue <3   Beijinhos




domingo, 5 de agosto de 2018

Na saúde e na doença! Todos os dias da nossa vida!

O início de uma relação a dois geralmente é um mar de rosas. O amor, a paixão, os objectivos, os planos... é uma vida de sonhos, longe de imaginar que as rosas também têm espinhos!

E quando tudo começa ao contrário??? E quando um adoece??? O amor supera tudo???? 

Sim, o amor supera tudo... 

Eu sou a prova disso!

Na minha vida tudo saiu ao contrario do que planeei... Mas sou uma sortuda!! Esteve sempre comigo um amor maior que suportou tudo... Tudo! As minhas dores, o meu sofrimento, a minha revolta, a minha baixa auto estima...
Aguentou tudo sempre com um sorriso, com uma graçola. Quem o conhece sabe que leva a vida com um sorriso e com piada na hora certa!

Certamente que sofreu, e muito, mas sofreu calado, em silêncio. Nunca me apercebi da sua tristeza. Visitava-me no hospital sempre com boa disposição!! Tratou de mim, fez coisas que talvez nenhum casal em toda a sua vida fará um com o outro: dava-me banho, ajudava-me a calçar as meias de compressão pois as dores eram muitas e eu sozinha não conseguia vestir, ajudava-me a levantar e a deitar na cama... Cuidou de mim com um amor do tamanho do mundo. Deu-me a melhor prova do seu amor!!

A mulher que tinha, com quem namorou, ele já não tinha mais. Eu estava diferente. Estava deprimida, inchada, dependente ! Ele nunca desistiu de mim. Deu-me colo, encorajou-me, deu-me  carinho e sobretudo deu-me amor. Tenho nele um companheiro para a vida! Um amor enorme! Um orgulho enorme!

Cumpriu e cumpre à risca o que prometeu: "Na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida!"

domingo, 29 de julho de 2018

Testemunho Alexandra Costa

A Internet é óptima para partilhar histórias e conhecer novas pessoas e novas realidades.

Quando descobri o Lúpus não conhecia ninguém que sofresse da doença. Fui pesquisar na Internet e... foi tão bom encontrar alguém igual a nós!

A criação deste blog também serviu para encontrar pessoas com histórias incríveis. Alguém já comentou aqui: "as melhores histórias são as reais!" E é bem verdade!!!
"Isto" não é nenhum filme, nem uma novela. É uma história real!

A Alexandra Costa gostou da minha iniciativa e decidiu partilhar a sua história. Aos 21 anos vê a sua vida virada do avesso. 
De seguida, transcrevo as suas palavras publicadas no meu blog. Decidi publicar para todos que partilham desta doença verificarem que não estão sós, que não são únicos no mundo...(Por vezes sentimos isso).  Existem histórias inacreditáveis!!
A Alexandra relata a sua história. Uma história de coragem e de vitória. Ela diz e muito bem "a vida não é perfeita para ninguém, nenhum problema de saúde é fácil, mas acreditem, o Lúpus morre de medo de gente destemida!" 


Olá a todos 😊
O meu nome é Alexandra, tenho 34 anos e sou uma mulher do norte! Resolvi então contar a minha história (pela primeira vez), uma vez que me identifico muito com esta iniciativa da Elsa 😊
Tudo começou quando eu tinha 21 anos, e foi uma tremenda trapalhada. Vamos lá então:
Primeiro umas manchas no rosto (indolores) mas muito feias que depois de muito tratamento com medicamentos tópicos (prescritos pela médica de família para uma suposta alergia) lá passaram, pouco tempo de pois herpes em toda a zona dos lábios e queixo e volta ao médico e volta a colocar cremes mais um comprimidos e lá passou. Cerca de 2 meses depois uma dor súbita e terrível no pé esquerdo. Depois de 24h de muito mas mesmo muita dor no pé e tornozelo esquerdo decido ir ás urgências onde poucos exames me são feitos (raio x e analises básicas ao sangue) e tenho alta com diagnostico de mialgia e recomendação de anti-inflamatório e repouso, como lá me administraram uma injeção para as dores eu até que estava bem melhor por isso vim relaxada para casa e pronta para voltar a batalha (estava na faculdade e a trabalhar em simultâneo por isso tinha uma vida agitada). 1 semana depois as dores voltam e eu decido ir novamente à médica de família (vim embora com anti-inflamatório de novo e cortisona) e as dores tornaram-se mínimas logo eu foi suportando (infelizmente) mas cerca de 2 meses depois tinha o pé bastante escuro e pequenas ulceras na lateral exterior do mesmo, resolvi procurar ajuda no privado e assim que essa médica me viu deu-me o conselho de procurar um hospital publico pois tinha fortes suspeitas de que eu tivesse a circulação comprometida e aconselhou-me a parar com a cortisona. Parei e uma semana depois as dores eram terríveis, caminhava 5 metros e tinha de parar 20 minutos, um sofrimento tremendo até em repouso e nem dormir eu conseguia mais.
Finalmente decidi ir ás urgências de um hospital central (neste caso o São João no Porto), rapidamente me foi diagnosticada uma Trombose Arterial Periférica. Enviaram me para a consulta de medicina interna onde fiz imensos exames e consultas (iniciei logo uma medicação para o sangue e para a claudicação), depois foi submetida a uma angiografia c/ cirurgia onde me retiraram o coagulo que se encontrava na minha artéria junto ao tornozelo (3 dias sem me mexer internada no hospital) e o milagre acontece, pois quando começo a caminhar já não haviam dores nem limitações e lá vou eu para casa…2 semanas depois volto à consulta de medicina interna em que o médico me diz que o membro está bem e recuperado (que tive sorte de ter cicatrizado bem as ulceras e não ter sido necessário amputar o membro) e me dá o diagnostico de síndrome dos anticorpos anti-fosfolipídeos (SAF) ou síndrome de Hughes, é uma doença crônica em que a coagulação está afectada e coágulos podem aparecer em qualquer veia/artéria ou órgão do corpo causando danos muito graves. Apos me ter sido explicada a doença e os cuidados a ter com a mesma, foi me prescrito o tratamento que iria ter de realizar o resto da minha vida que neste caso alem de manter os medicamentos que já havia iniciado passaria também a fazer anticoagulantes (Varfine) e o controlo de sangue (medição do INR). Iniciei o tratamento direitinho, comecei a fazer o controlo de sangue mensalmente, mesmo na faculdade não bebia nem uma gota de qualquer bebida alcoólica / não fumava e tentava fazer exercício físico (sempre que possível no tempo livre que me restava entre os estudos e o trabalho). Rapidamente o meu sangue ficou controlado, toda a minha vida voltou ao normal e eu esqueci que tinha uma doença pois queria era viver e usufruir do meu tempo da melhor maneira (afinal de contas todos nós nascemos com o tempo contado). Terminei os estudos, comecei a trabalhar com sucesso e na minha aérea de licenciatura e tudo sempre controlado sem qualquer problema de saúde (apenas sentia um ligeiro aperto no peito quando eu e o meu namorado falávamos em ter filhos pois sabia que ai viria uma enorme batalha pela frente dado que o SAF e a gravidez não são nada compatíveis). Segui em frente de cabeça erguida e sorriso no rosto pois só assim faz sentido e assim passei 10 belíssimos anos 😊
Aos 32 anos, em Setembro de 2016, comecei a sentir muito cansaço (pensei que era o stress do momento pois estava com muito trabalho, a minha mãe tinha passado por uma situação de saúde muito delicada e eu tinha acabado de me separar), pouco depois começam as dores de cabeça e cólicas abdominais (resolvi falar com o medico que me segue na medicina interna e o diagnostico era nervos/ansiedade). Em Novembro surgem as dores insuportáveis nas articulações e a rigidez matinal, perante esta situação resolvi marcar consulta privada para Reumatologia. Chegada à consulta e após uma longa e produtiva conversa com a médica, foi medicada e prescreveu-me bastantes exames. Um mês depois volto ao consultório com todos os exames e a médica me deu o diagnostico – Lupus / LES. Eu não achei “piada” nenhuma sinceramente (mais uma doença p.f. já tinha que chegasse para mim), mas não havia nada a fazer era aceitar e aderir rapidamente aos cuidados e tratamentos necessários. Continuei com o medicamento das dores mais 1 mês ( e elas sumiram), acrescentei o plaquinol e o diazepam ao leque de medicamentos que já tomava diariamente, passei a ser seguida em reumatologia de 3 em 3 meses para controlo da actividade da doença (6 meses depois todos os sintomas estavam praticamente ausentes / só um pouco de cansaço por vezes) e 1 ano depois a doença estava controlada. Claro que mantenho as idas constantes ao medico e as medicações e os cuidados mil e etc etc etc…porque sei que tenho de me cuidar!
A minha vida com o LES mudou, ao contrario do SAF o LES obrigou-me a readaptar-me ao mundo. Inicialmente embora nunca me revolta-se, veio o medo muito medo de todas as coisas que lia e via sobre o LES e do que ele ia reservar para mim, depois decidi conhecer outras pessoas com o mesmo problema (umas me assustaram ainda mais – parecia que tudo lhes acontecia e que o LES era o fim do mundo / outras me fizeram perceber que mesmo com algumas dificuldades pelo caminho era possível ultrapassar e viver com qualidade, me deram esperança e me mostraram que é na luta que está o caminho certo). Resolvi então contar ás pessoas que me são verdadeiramente próximas para construir a minha rede de segurança e juntei-me a esses exemplos positivos de pessoas que dominam este lobo, e sabem o que fazem, para conseguir tirar duvidas, trocar experiências e receber reforço positivo sempre que o medo tomava conta de mim. Um muito obrigada a vocês!
As idas constantes para a praia e os dias esticada ao sol até ficar “negra” foram substituídos por pontuais idas à praia quando de férias e sempre carregada de proteção solar 50 +, de chapéu na cabeça e debaixo do guarda-sol (o protetor solar faz parte da minha rotina diária seja primavera, verão, outono ou inverno). Contudo passei a frequentar mais spas, massagens, fins de semanas nas capitais de belas cidades e etc (sempre tendo em consideração o equilíbrio entre esforço e descanso e sabendo obedecer ao meu corpo). Deixei de ir a discotecas ao fim de semana e deitar me quase de manha (necessito muito de respeitar os meus períodos de sono) mas passei a saborear ler um bom livro, seguir uma boa serie na tv, disfrutar de um cineminha e sobretudo rodear-me de uma boa companhia para um produtiva conversa. Percebi com tudo isto quem são os verdadeiros amigos/familiares e aproveito o máximo que posso com eles, desfrutando de bons momentos e enchendo-os com o meu amor, sendo que quanto mais dou mais recebo e quanto mais feliz me sinto mais saudável estou, descobrir seres humanos simplesmente fantásticos que estão comigo para tudo.
Continuei a ir ao ginásio mas troquei o Crossfit pelo Pilates e o Yoga, diminui de 5 idas para 3 por semana (para intervalar entre exercício e descanso), continuei com o meu trabalho e tento sempre me focar e organizar direitinho para ter sucesso, nos dias de extremo cansaço acho que posso abrandar sim mas parar não (parar ia me fazer sentir inútil por isso só mesmo na ultima, quando não aguentar mais, não quero desistir e alem disso tenho muitas contas para pagar pois hoje em dia a minha mãe depende de mim e a nossa casa só se mantém com o meu ordenado).
Hoje todos os dias me deito agradecendo a Deus por mais um dia de vida, de saúde, de amor e amizade, de trabalho, de luta e de superação…agradecendo e pedindo pelos meus, pelo meu lar, pelo pão de cada dia e pela caminha quente para me deitar e descansar…hoje sei que afinal tenho coisas demais a agradecer e que tenho uma vida mais “rica” que 50% da população mundial que de uma forma ou de outra tanto sofre. Rezo, agradeço e falo com Deus todos os dias, sempre tive muita fé mas hoje em dia ele é mesmo o meu melhor amigo.
Tenho dias 100% normais, outros dias de pequenas dores (principalmente no inverno), alturas de maior cansaço (tenho de ter cuidado com os exageros e as emoções), tenho meus momentos de tristeza também (ninguém é de ferro e deixar cair as vezes faz bem, para nos erguermos mais fortes e mais leves) e óbvio que não sei o que o futuro me reserva mas quero acreditar que serão coisas muito boas, entrego e confio vivendo um dia de cada vez sempre com muita esperança no coração. “Nem sempre como se quer, às vezes como se pode” mas sempre na luta por mim e pelos meus!
A vida não é perfeita para ninguém, nenhum problema de saúde é fácil, mas acreditem o LES morre de medo de gente destemida!
E esta é a minha longa e chata historia que nunca tinha partilhado alem do meu ciclo fechado com quem posso tudo, espero que vos ajude de alguma forma. Estamos juntos! Beijinhos ❤

Obrigada Alexandra pelo seu testemunho!!!

domingo, 22 de julho de 2018

CORTISONA: AMIGA OU INIMIGA?

Um dos medicamentos mais tomados para o tratamento do Lúpus é a cortisona! Que, infelizmente, tem muitos efeitos secundários.
Aquando da descoberta do Lúpus, a minha única preocupação era inchar. Ridículo não é??? Mas é a verdade... A doutora alertou-me e preparou-me... Eu fiquei imensamente triste! Nunca fui magra, e sempre fui muito complexada, ora por ser muito alta, ora por ser fortezinha... E agora??? Vou ficar gorda??? Socorro!!!! (era o que eu pensava)
Todos os dias me olhava para o espelho na esperança de isso não acontecer comigo. Mas aconteceu... Ao fim de uma semana o meu rosto já estava inchado... E tinha tanta fome... E pouco tempo depois eu tinha 30 kg a mais.
Já não bastava todas as limitações e ainda tinha 30 kg a mais. Foi terrível! A roupa não servia, não conhecia lojas que tivessem roupa para mim e quando encontrava era tudo muito "à velha". E as pessoas??? Ai as pessoas são tão más!! Ouvi tanta coisa...

Todos os dias de manhã chorava. O meu marido tentava me animar. "Incha, desincha e passa..." dizia ele... Mas eu estava mesmo triste! Mas mal saía de casa, tentava esquecer e sorria... Dizia a mim mesma: sou uma inchadinha bonita!!!!

Eu tive quase todos os efeitos secundários da Cortisona:
- ganho de peso (o corticoide faz com que a pessoa retenha liquido e aumento de apetite),
- rosto arredondado, tipo lua cheia (principal efeito que surge logo após começar a tomar),
- pele fina,
- estrias (eu fiquei cheia delas),
- fraqueza nos músculos e ossos,
- depósitos de gordura nos seios, rosto, costas e barriga,
- aumento da transpiração.
Ainda existem outros, mas estes foram os que senti mais.

Senti ódio daquele maldito comprimido! Uma revolta, uma amargura. A minha auto estima  tinha acabado ali.

Um certo dia, já eu estava mega inchada, cheguei a casa e retirei toda a roupa  que não servia. Assim não me martirizava! Porque fazer isso a mim própria???? E fiquei com dois pares de leggins e quatro camisolas.... Enfim, era o que tinha para vestir. Nem a minha roupa de grávida me servia. A partir daquele momento eu tinha que aprender a viver com uma doença e com mais 30 kg.
Foi difícil, é difícil... Não deixava que me tirassem fotografias, não ia a locais que tivessem muita gente conhecida...

CORTISONA: AMIGA OU INIMIGA?? É um pau de dois bicos. Odeio-a pelo que me fez, pela alteração estética que passei, mas adoro-a pois só com ela é que consigo andar bem e ter uma vida praticamente normal.

Temos que aceitar a realidade tal como ela e não vivermos presos ao passado. 
Em frente é o caminho!

Internamento aquando da descoberta do Lúpus
Após a Trombose Venosa Profunda
Das poucas fotos que tenho do inicio do tratamento
Com 60 mg de cortisona

terça-feira, 17 de julho de 2018

O que é o Lúpus???

AFINAL O QUE É O LÚPUS??
Quando soube o que tinha, não fazia ideia o que seria. Não conhecia ninguém que tivesse a mesma doença. Fiz muitas pesquisas, perguntei a médicos (gosto de estar informada). Aqui está um resumo para poder explicar o que é o lúpus, a causas e as consequências...

O QUE É O LÚPUS?
O Lúpus é uma doença autoimune, em que o sistema imune, que normalmente protege o nosso organismo, se vira contra si próprio e o ataca, provocando inflamação e alteração da função do sistema afetado. A inflamação provoca dor, calor, vermelhidão e inchaço.
A palavra lúpus significa lobo em Latim. Este nome foi dado à doença devido às lesões na pele que são muito comuns no lúpus.
Não existe causa conhecida de lúpus e não existe cura para esta doença. O lúpus é uma doença crónica, ainda que existam fases em que a doença se encontre "adormecida" e fases de surto, em que a doença está reativa.
Esta doença pode afetar muitos órgãos e sistemas diferentes e podem existir formas muito diversas da doença. De facto, os sintomas variam de doente para doente e até, no mesmo doente, de período para período. Não é fácil identificar um caso de lúpus.
O lúpus pode afetar qualquer pessoa, mas sobretudo a população feminina (90% dos doentes são mulheres). 

Sinais e sintomas
  • Manchas vermelhas na pele (rosto – por vezes em forma de borboleta em todo o nariz e bochechas – e no pescoço ou braços);
  • Sensibilidade à luz solar;
  • Dor nas articulações;
  • Feridas na boca;
  • Fadiga e fraqueza;
  • Perda de apetite;
  • Perda de cabelo;
  • Complicações renais e do sistema nervoso.

Quais as diferentes formas de Lúpus?

  • Lúpus sistémico, doença mais generalizada, que pode afetar qualquer órgão ou sistema do corpo;
  • Lúpus discóide, que é uma forma de lúpus limitada à pele que pode, por vezes, evoluir para lúpus sistémico.

Quais as causas do Lúpus?

Não existe ainda uma causa conhecida para o lúpus, exceto para as raras formas que são causadas pela ingestão de fármacos específicos. O lúpus está relacionado com condições que dão origem a uma certa predisposição para a doença. Estas causas ou fatores podem ser de ordem genética, hormonal ou ambiental.
Os fatores precipitantes são situações que fazem com que a doença se manifeste sob a forma de sintomas e sinais evidentes.
Estes fatores podem ser internos, como o stress físico, cansaço excessivo, infecções, privação de sono, traumatismos, gravidez, ou externos, como a luz solar ou artificial e o stress emocional.

Como se diagnostica o Lúpus?

O diagnóstico de lúpus baseia-se em elementos clínicos e laboratoriais. Os testes laboratoriais, só por si, não são suficientes para o diagnóstico. No entanto, em conjunto com os sintomas referidos pelo doente e os sinais observados pelo médico, são muito úteis.
Nalguns casos o diagnóstico é difícil porque os dados clínicos nesse momento não são suficientes para fazer um diagnóstico. Por outro lado, como se referiu, o lúpus tem formas de apresentação muito variadas, facto que também pode dificultar o diagnóstico.
Assim, esse diagnóstico irá depender da combinação dos elementos clínicos e laboratoriais (sangue e urina).


Fontes:
https://www.saudecuf.pt
https://lifestyle.sapo.pt/saude

quinta-feira, 12 de julho de 2018

LÚPUS- O caminho até à descoberta! Parte III

Pensava que o intervalo já tinha acabado. Mas não!...

Depois de saber que tinha sofrido uma Trombose Venosa Profunda e, pensando que iria voltar tudo ao normal, e que simplesmente tinha sido uma fase má na minha vida, em finais de Maio de 2016 (quase três meses depois) começou a doer a perna direita (novamente). Consoante andava, a perna prendia. Era uma dor que vinha da virilha e prolongava-se pela coxa até ao joelho. Estranhei! Mas ignorei...
No dia seguinte, já me doendo muito, volto ao hospital de Penafiel (fui sempre muito bem tratada) Posso dizer que estive lá horas... A doutora examinou... fiz análises... e chegou à conclusão que se tratava de uma dor muscular. Aconselhou-me a ter repouso absoluto durante uma semana...
E tudo volta novamente... Volto para casa dos meus pais pois tinha a pequenina para cuidar e eu não conseguia fazer quase nada. O meu marido tinha que trabalhar, e a minha mãe como estava por casa ajudava-nos.

Dores insuportáveis... ora calor... ora muito frio... febre! Ligo para o 112 e mais uma vez vou de ambulância para o hospital. Deixo em casa a minha bebé, toda a família preocupada e um pai muito choroso! Estive 27h em urgência! O meu marido não demonstrava a extrema preocupação e cansaço que sentia. Esteve sempre ao meu lado... Ele é que me dava forças a brincar sempre com a situação (sou uma sortuda, tenho o melhor marido do mundo)

27h sem saber de nada... 27 à espera... 27h de dores... Fui para o hospital de S. João. Fui vista por um médico, fiz um exame e disse que não se tratava de outra trombose. Volto para Penafiel! Antes disto, aquando da ordem para ir ao hospital de S. João, eu perguntei ao médico: "vou ficar internada?". O doutor respondeu: "Se eles não a internarem, eu mesmo a interno!". Eu já sabia que não voltava para casa...

Meu Deus, tudo de novo??? 

E assim foi, fiquei internada. Durante duas semanas!
Não tinham camas disponíveis nos quartos. Fiquei no corredor. Digo que foram os piores dias da minha vida! Era um turbilhão de emoções! Estava num corredor, não sabia o que tinha, estava longe da minha filha, tinha muitas dores, não tinha posição e estava completamente dependente. Não ia à casa de banho sozinha, não tomava banho sozinha... Não consegui dormir nada (as dores não deixavam).

Chorei... Chorei muito...

Passou um dia, dois dias, três dias e não se sabia de nada! A médica, Dra. Natália Oliveira (foi incansável e fantástica)que me seguia e acompanhava, virou-me do avesso! Fiz mil e um exame ! Entretanto vou para o quarto (até que enfim!). E eis que chega o dia!!!
Pela manhã, entre a Dra. Natália no quarto e senta-se à minha beira. Disse-me: "Sou eu que lhe vou contar e explicar o que a Elsa tem, não quero que vá para a internet (sim, eu tinha um dispositivo móvel de Internet comigo) tentar saber. A Elsa tem Lúpus". Eu, muito atenta, ouvi todas as explicações. 
Afinal eu tinha Lúpus com SAF ( síndrome dos anticorpos anti-fosfolipídeos ).

Na minha cabeça só ficou: "A Elsa vai tomar cortisona. Tem que se preparar pois provavelmente irá inchar bastante , mas tem que ser, será para o seu bem". 

Chorei... Não por ter Lúpus, uma doença para toda a vida, mas sim porque ia inchar. É muito feio dizer/escrever isto, mas era o que sentia naquele momento...
E inchei... muito... foram 30kg no total!
.  

domingo, 8 de julho de 2018

LÚPUS- O caminho até à descoberta! Parte II

E agora??? 

TROMBOSE VENOSA PROFUNDA, o que é isto??? "Vai ficar internada por tempo indeterminado" disseram-me... E, eu não percebi nada!!!!

O meu marido foi-se embora e eu senti-me completamente abandonada, mas completamente à nora e ansiosa por pegar no telemóvel para pesquisar na Internet (o que não se deve fazer mas todos fazem) o que significava ter uma TVP. Nesse mesmo instante, um enfermeiro muito simpático dirigiu-se a mim e acalmou-me: "vai correr tudo bem, descanse!"
Não dormi... mas não chorei... Estava em choque! Não sabia o que pensar. Só pensava na minha filha, tão pequenina e eu assim sem poder fazer nada. E o meu trabalho?? Como vai ser?? 
No dia seguinte fui submetida  vários exames. Chorei. Aí chorei muito em frente a uma médica, super querida. Nem me lembro do rosto nem do nome dela. Estava em pânico e nem sabia bem o porquê, mas aquela situação deixou-me transtornada! (Não era de esperar outra coisa)
Entretanto, já mais calma, ainda nas urgências (sala de obs) deram-me alta! Aí pensei: "Estão loucos?!, então vou ficar internada, dizem que é grave e já tenho alta?!". Mas lá guardei os pensamentos para mim. Ouvi o que o médico me explicava que tinha a fazer nos próximos dias. Comecei a fazer o controlo de sangue. Tinha que "espetar" uma seringa todos os dias na minha barriga. Não consegui. Brincaram comigo por ser uma simples tarefa mas eu não consegui. O meu marido ria-se mas foi ele que tratou desse assunto.

Vim embora... meia aparvalhada... Custava-me muito andar... tinha algumas dores mas comparando com a dor dos últimos dias não era nada. Olhei para a minha pequenina e ainda bem que era tão pequenina. Não se apercebia o que acontecia à volta dela.

 Que SAUDADES eu tinha dela!!

 Só passei uma noite em casa. No dia seguinte estava com as mesmas dores e com a perna direita tão inchada. Fui novamente para o hospital e desta vez, sem margens para dúvidas, internaram-me!
3 de MARÇO DE 2016! A Ana Rita fazia 3 meses! E eu tive que ficar num hospital longe dela... uma dor tão grande. Até me esquecia das dores físicas e das limitações que tinha. Foi muito difícil! A dor era muito maior, uma tortura! 
Uma semana longe dela, uma semana longe de tudo e de todos... Sentia o carinho das pessoas. Mas a tristeza era ENORME!

Até que chega o dia da ALTA!
O médico indica-me que tinha que encarar aquela situação como um intervalo na minha vida. É fácil falar...

AÍ COMEÇOU A MINHA NOVA VIDA! Tinha uma perna mais inchada 4 cm. As meias de compressão faziam parte do meu guarda roupa (ainda fazem e farão para toda a vida), as sapatilhas passaram a ser o meu calçado favorito (que sorte estarem super na moda) e as calças de ganga que eu tanto gostava ficaram encostadas para talvez um dia as vestir. E... um mês depois, apesar das limitações, voltei à minha rotina. Tinha marido e uma filha de 3 meses para cuidar. Muitas clientes para atender. Muitas contas para pagar.
Pensava que o intervalo já tinha acabado e que em breve voltaria tudo ao normal!

Mas NÃO...

quinta-feira, 5 de julho de 2018

LÚPUS- O caminho até à descoberta! Parte I

Muitas pessoas me perguntam como descobri a doença e eu respondo: o caminho foi longo! O Lúpus é uma doença muito difícil de descobrir, uma vez que tem formas de apresentação muito variadas.

Em 2015 descubro que estou grávida e aí começa a minha aventura! A minha grande AVENTURA!
Depois da Ana Rita nascer (o pós parto foi horrível) três semanas depois voltei ao trabalho. A muito custo mas teve que ser (as clientes não esperam). 

Tudo começou com uma dor no fundo das costas, que, eu ignorei completamente. Julguei que se devia ao facto de estar muito tempo sentada e de não ter repouso, dado o complicado pós parto.
Essas mesmas dores tornaram-se mais agudas,e eu ia tomando Voltaren para abrandar, até que chegou ao ponto de não aguentar. Então aí teve que ser, fui para o hospital. E foram necessárias CINCO idas ao hospital! Inicialmente era uma dor ciática, depois uma cólica renal e medicação para cá, medicação para lá e nada... A dor cada vez era maior e completamente insuportável.
Na quinta ida estava desesperada! Eu não aguentava mais! Recordo-me de me darem uma cadeira de rodas e eu chorava... chorava de dores... Pedi por favor, implorei que me tirassem aquela dor. E... bendita morfina que me deram! Instantes depois eu estava como nova! 
Tudo apontava para uma pedra no rim. Mas como já tinha tomado tanta coisa, a médica de serviço decidiu que deveria de fazer uma TAC (Tomografia Axial Computorizada). Estive cinco horas à espera do resultado. Eu estava sem dores, mas com tanta fome e com tanto sono. O meu marido estava dominado pelo cansaço e dormia... (os últimos dias tinham sido uma verdadeira loucura).
5:00h da manhã, estávamos sozinhos na sala de espera e eis que alguém chama por mim. Estremeci! Mas pensei: finalmente! Vou-me embora! O sr. enfermeiro pediu-me para deitar na maca e eu indiquei que estava bem e que não tinha dores. Ele refutou: "deite-se, os médicos querem falar consigo". Eu fiquei sem reacção mas lá fiz o que me pediu. 
Levou-me para a sala de observações e tinha a "equipa" à minha espera. E aí, soube que tinha uma TVP (Trombose Venosa Profunda) e que iria ficar internada por tempo indeterminado... 

E agora???!!!.............

domingo, 1 de julho de 2018

Ai que 31 que arranjei!

Ai que 31!!
Uma expressão bastante conhecida... quantas vezes, no nosso dia a dia dizemos esta expressão???
Porquê este título para o meu blog? Primeiro porque tenho 31 anos e porque há dois anos que arranjei um 31 dos diabos! Descobri que tinha uma doença crónica que mudou a minha vida. Mudou a minha postura perante a vida! Mudou tanta coisa...
Muitas vezes, quando contava a minha história,  na brincadeira dizia que iria escrever um livro ou então criar um blog. Pronto, comecei pelo blog (ahahah).
Várias pessoas me incentivaram... sempre a brincar. Agora é a sério,  criei um blog! Posso ser uma simples desconhecida, mas a minha história pode-se identificar com muitas outras! Aqui partilharei histórias , vivências , experiências,  sentimentos ...
Ai que 31... vamos ver... Vou-me aventurar nestas "coisas" modernas!
Elsa Lopes